Parte V
Indústria armamentista: Esse ponto funciona apenas como um óbvio corolário do exposto nos quatro anteriores. É óbvio que os fabricantes de armas (e, sem remorso algum, provavelmente os seus correligionários da espionagem) estão a abrir várias garrafas de champanhe. No entanto, o reverso também pode ser real. E também era óbvio que, se a operação toda ganhasse a dimensão que Bush esperava, a economia americana em recessão ganharia um novo fôlego. Sempre tinha sido assim, e não havia razão para ser diferente agora.
Se assim fosse, Bush e os seus apaniguados deviam “continuar” secretamente a comemorar os efeitos do atentado de 11 de Setembro. Pelo que já se viu, sem qualquer pudor, não poderia (na altura) ter recebido melhor notÃcia. IrresistÃvel, nesse ponto, fazer uma analogia com o incêndio da sede do parlamento alemão (Reichstag), na noite de 28 de Fevereiro de 1933. Enquanto o prédio ainda ardia, Adolf Hitler, que acabara de assumir o poder, fez um dramático discurso: "Vocês têm aqui um exemplo do que a Europa e nós devemos esperar do terrorismo comunista e dos seu aliados Judeus(!). Sobre estes cairá agora o punho duro e poderoso". Imediatamente, foram presos 4.000 militantes comunistas e outro tanto de social-democratas, liberais e judeus. Hitler, com grande oportunidade polÃtica, aproveitou o momento para consolidar o poder nazi. Começava a sua ditadura.
Hitler responsabilizou os comunistas e em parte a comunidade judaica, antes de qualquer comprovação (como Bush, devidamente ancorado pelos média histéricos falou de outros... no geral); também Hitler, falou em nome da "Europa", contra o inimigo universal que eram todos os de esquerda(!) (como Bush fala em nome da "civilização" e da "democracia" contra o Islão); e, finalmente, fez do julgamento uma farsa para justificar a sua própria ditadura. Até hoje, ainda existem dúvidas quanto à autoria do incêndio do Reichstag. Ao que parece, foi um acto isolado de um comunista holandês Van der Lubbe, embora existam suspeitas de que tenha sido obra dos próprios homens de Hitler.
Não há, obviamente, evidências de que os "homens de Bush" armaram o atentado em Nova York e Washington (Já o disseram alguns: Thierry Messan, Samy Adghirni, Gore Vidal, etc.). Contudo, Osama bin Laden, foi treinado pela CIA e, portanto, tem usado os seus métodos. Se foi mesmo ele o autor, como conseguiu montar tal operação sem ser detectado? Não seria essa a primeira vez, aliás, que os serviços secretos americanos teriam permitido a realização de um ataque, para com isso obter os necessários pretextos para os seus objectivos. Provavelmente, não sabiam era a sua dimensão e consequências (já alguém deu com a lÃngua nos dentes e os inquéritos, felizmente, estão em marcha; lembram-se também do que aconteceu quanto a Pearl Harbor).
Independentemente de quem foi o culpado, o acto terrorista de 28 de Fevereiro de 1933 foi ideal para a ascensão de Hitler, assim como o 11 de Setembro de 2001 foi ideal para dar um impulso decisivo ao governo do medÃocre Bush. Um filósofo alemão disse, certa vez, que a história (sempre) se repete como farsa. Tivesse ele a infelicidade de conhecer Bush júnior, que já é a versão tragicómica do seu pai (ele próprio, um emblema da decadência americana), o filósofo seria obrigado a dizer que não há limites para a farsa (e para a indecência) na história dos homens.
Para a próxima, depois de vários pedidos (no e-mail) o tema versará sobre o... Alentejo!
Problemas de interpretaçã...