Do Mário... o Leiria.
Uma nêspera
estava na cama
deitada
muito calada
a ver o que acontecia
chegou a Velha e disse
olha uma nêspera
e zás comeu-a
é o que acontece
às nêsperas que ficam deitadas caladas
a esperar o que acontece
Agora se o paÃs não fosse um pobre paÃs( não fui eu que inventei...); e se nós mourejasse-mos de outra maneira; e se ... e se...se, se...!
O Leiria ajuda-me!
TORAH
Sampaio achou que era altura de pôr as coisas no seu devido lugar. Lá de cima acenou ao Lopes. O Lopes foi logo, tropeçando por vezes nas lajes e evitando o mais possÃvel a sarça ardente. Quando chegou ao cimo, tiveram os dois uma conferência, cimeira, claro. A primeira, se não estou em erro. No dia seguinte o Lopes desceu. Trazia umas tábuas debaixo do braço. Eram a indigitação e a traição do Sampaio. Olhou em volta, viu o seu povo aglomerado, atento, e disse para todos os que estavam à espera: - Está aqui tudo escrito. Tudo. É assim mesmo e não há qualquer dúvida. Quem não quiser, que se vá embora. Já. Alguns foram. Então começou o foguetório e fez-se o primeiro discurso patriótico. Depois disso, é o que se vê.
Mais...!
O QUE ACONTECERIA SE O Lopes FOSSE AO PORTO E DISSESSE QUE ERA NAPOLEÃO
Toda a gente acreditava que era. O presidente da Câmara nomeava-o Comendador. Iam buscar a coluna de Nelson, tiravam o Nelson e punham o Lopes lá em cima. E davam-lhe vinho do Porto. Então o Lopes dizia: - Sou a Josefa de Óbidos. Ainda acreditavam que era, embora menos. O presidente da Câmara apertava-lhe a mão. Iam buscar o castelo de Óbidos, tiravam os óbidos e punham o Lopes na Torre de Menagem. Além disso, davam-lhe trouxas d’ovos. Nessa altura, convicto, o Lopes afirmava: - Sou o primeiro-ministro. Não acreditavam. Davam-lhe imediatamente uma carga de porrada. E punham-no no olho da rua. Nu.
Acho que devo continuar...!