Albardas e Alforges... nunca vi nada assim! Minto... já vi!
Quinta-feira, 7 de Outubro de 2004
Um discurso para...

Levamos tempos muito incertos, de incertezas até agora inusitadas. Não podemos esperar e muito menos parar. Tempos complexos que aguardam respostas... De fato, há muita subjectividade em jogo, nesta época de claro-escuro moral. Tempos conturbados e contraditórios de desordem disruptiva, aguardo que chegue a vontade de escrevinhar algo de mais racional e analítico, todavia, o que me apetece é gritar... "gritos mudos", o que se segue é o seu reflexo:


Balada ditirâmbica do pequeno e do grande filho-da-puta



O pequeno filho-da-puta é sempre um pequeno filho-da-puta; mas não há filho-da-puta, por pequeno que seja, que não tenha a sua própria grandeza, diz o pequeno filho-da-puta. no entanto, há filhos-da-puta que nascem grandes e filhos-da-puta que nascem pequenos, diz o pequeno filho-da-puta. de resto, os filhos-da-puta não se medem aos palmos, diz ainda o pequeno filho-da-puta. o pequeno filho-da-puta tem uma pequena visão das coisas e mostra em tudo quanto faz e diz que é mesmo o pequeno filho-da-puta. no entanto, o pequeno filho-da-puta tem orgulho em ser o pequeno filho-da-puta. todos os grandes filhos-da-puta são reproduções em ponto grande do pequeno filho-da-puta, diz o pequeno filho-da-puta. dentro do pequeno filho-da-puta estão em ideia todos os grandes filhos-da-puta, diz o pequeno filho-da-puta. tudo o que é mau para o pequeno é mau para o grande filho-da-puta, diz o pequeno filho-da-puta. o pequeno filho-da-puta foi concebido pelo pequeno senhor à sua imagem e semelhança, diz o pequeno filho-da-puta. é o pequeno filho-da-puta que dá ao grande tudo aquilo de que ele precisa para ser o grande filho-da-puta, diz o pequeno filho-da-puta. de resto, o pequeno filho-da-puta vê com bons olhos o engrandecimento do grande filho-da-puta: o pequeno filho-da-puta o pequeno senhor Sujeito Serviçal Simples Sobejo ou seja, o pequeno filho-da-puta


II


O grande filho-da-puta também sem certos casos começa por ser um pequeno filho-da-puta, e não há filho-da-puta, por pequeno que seja, que não possa vir a ser um grande filho-da-puta, diz o grande filho-da-puta. no entanto, há filhos-da-puta que já nascem grandes e filhos-da-puta que nascem pequenos, diz o grande filho-da-puta. de resto, os filhos-da-puta não se medem aos palmos, diz ainda o grande filho-da-puta. o grande filho-da-puta tem uma grande visão das coisas e mostra em tudo quanto faz e diz que é mesmo o grande filho-da-puta. por isso o grande filho-da-puta tem orgulho em ser o grande filho-da-puta. todos os pequenos filhos-da-puta são reproduções em ponto pequeno do grande filho-da-puta, diz o grande filho-da-puta. dentro do grande filho-da-puta estão em ideia todos os pequenos filhos-da-puta, diz o grande filho-da-puta. tudo o que é bom para o grande não pode deixar de ser igualmente bom para os pequenos filhos-da-puta, diz o grande filho-da-puta. o grande filho-da-puta foi concebido pelo grande senhor à sua imagem e semelhança, diz o grande filho-da-puta. é o grande filho-da-puta que dá ao pequeno tudo aquilo de que ele precisa para ser o pequeno filho-da-puta, diz o grande filho-da-puta. de resto, o grande filho-da-puta vê com bons olhos a multipliccação do pequeno filho-da-puta: o grande filho-da-puta o grande senhor Santo e Senha Símbolo Supremo ou seja, o grande filho-da-puta.


O Alberto Pimenta nalgumas coisas lá tinha os seus motivos...



publicado por albardeiro às 18:01
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4 comentários:
De Plancie Herica a 8 de Outubro de 2004 às 16:11
A análise está correcta mas é parcial.
Analisou a dimensão mas não a intensidade. Há ainda, de entre os grandes e os pequenos, os 'muito filhos-da-puta' e os 'às vezes filhos-da-puta'.

N.B.: O "filho-da-puta com'ó car----" será o mais perigoso e de maior intensidade... Mas esse é um estudo perigoso com'ó car----...

Um abraço sem qualquer filha-da-putice,
Francisco Nunes


De Anedotrio a 8 de Outubro de 2004 às 12:12
Noutros tempos, eram tempos do Botas, tempos difíceis, tempos de atavismo salazarento,hoje são tempos de merda, tempos de inacção e comodismo. Tudo para a rua, JÁ!


De Pitoresco a 7 de Outubro de 2004 às 23:03
Ou que nós chegámos! Inapelavelmente, bateu no fundo. Filhos da puta, ainda é pouco!


De Caos a 7 de Outubro de 2004 às 19:29
A bem dizer, a "situação" está uma filha da put...e. Quem é o culpado, quem é? O tal da estabilidade. E agora fala em marcelismo. Será ele Tomás?


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