Albardas e Alforges... nunca vi nada assim! Minto... já vi!
Quarta-feira, 13 de Julho de 2005
Ideologia, pobreza e “volúpia” neoliberal!

(Para ler devagar…)


Dando continuidade às leituras da PONTE ATLÂNTICA, aliás, ultimamente um pouco relegadas para a penumbra, os acontecimentos (LIVE8, a reunião dos G8 e sobretudo a cobardia dos atentados de Londres) fizeram com que retomássemos a publicitação dessas reflexões sobre o devir societário do Mundo contemporâneo. Modestamente, afirmava muito recentemente, Aurélio Nogueira (emérito autor de Um Estado para a sociedade civil. Temas éticos e políticos da gestão democrática, São Paulo, Editora Cortez, 2004): «Visto no seu enquadramento histórico amplo, o século XX foi um tempo de paradoxos. Desdobrou-se como uma época de progressos e avanços insofismáveis, nos mais diversos e surpreendentes planos da vida, mas não teve força para qualificar de modo radical o salto que se deu para a frente. Foi um século que acelerou e aprofundou a aproximação entre homens e mulheres dos mais diversos recantos: o mundo ficou muito mais mundo. Processando-se, porém, sob a égide do grande capital e da globalização neoliberal, em vez de promover a unificação do género humano, a aproximação traduziu-se apenas na mundialização. Em vez de integração, tivemos muitas separações; em vez de equilíbrio e cooperação, muita instabilidade e competição. A comunicação alastrou-se, graças à difusão das “novas” tecnologias da informação e da Internet, mas não se conseguiu estabelecer uma era de diálogo consistente, culturalmente denso e capaz de disseminar inteligência. Nunca houve tanto empenho pela paz e tantas guerras, abertas ou dissimuladas. Nunca o quotidiano esteve tão dilacerado pela violência e pela insegurança.»


Que século imaginaria legar, para seu sucessor, o espectáculo aterrador de Setembro de 2001, de Março de 2004, de Julho de 2005, de quantos mais… (!?) Nunca o terrorismo gozou de tanto espaço, facilidade e petulância, indiferente a sonhos, utopias e movimentos em favor da paz, da integração, do diálogo entre os povos e da interjeição de um sentido democrático e social na lógica perversa da globalização. Nunca um Império e um sistema foi tão poderoso, tão dono do mundo, tão omnipotente, e ao mesmo tempo tão frágil, tão inseguro, tão devassável. Nunca é demais recordá-lo, a sua obsessiva insistência em financiar, armar e treinar o terror contra os seus adversários, em sustentar regimes opressivos e apoiar tiranos ensandecidos pelos quatro cantos do mundo - no Vietname, no Chile, na Nicarágua, em El Salvador, no Médio Oriente, no Afeganistão -, acabou por se voltar contra ele: ao incentivarem o terrorismo localizado, os Estados Unidos criaram as condições para o crescimento de um monstro fora de qualquer controlo, que os converteria em alvo e ameaçaria o conjunto da vida civilizada. A sua determinação em ser o herói universal e o seu olímpico laxismo para com a miséria de tantos povos fizeram com que se transformasse no vilão universal. Nunca um Império foi tão amado e tão odiado.


Ainda que tenha contribuído para que se estabelecesse um mais elevado padrão de igualdade social, o século XX não soube neutralizar ou eliminar a pobreza e a miséria, que chegaram ao final do período exibindo índices alarmantes. Sim, a pobreza e a miséria de que falava Mário Soares e que apressados neocons tentaram ridicularizar. De que se “alimenta” a ideologia que gera o terror? A desigualdade voltou a crescer, quando tudo levava a crer que os seus dias estavam contados. Expandiu-se em termos quantitativos - com o aumento do número de miseráveis e o retorno à pobreza de segmentos que antes se haviam dela afastado - e em termos qualitativos, com o aparecimento de desigualdades novas (como a que separa excluídos e incluídos, ou a que distingue comunitários e extra comunitários na Europa). Sobre uma base jamais antevista de riqueza material, científica e cultural, a distância entre ricos e pobres atingiu níveis infames. Progressivamente, impelido pela exacerbação das suas contradições, o século foi dando origem a um quadro em que meia dúzia de arquimilionários acumula tanta riqueza quanto a metade dos países do mundo, em que boa parte da população mundial sobrevive com menos de 2 dólares por dia, em que a subnutrição e as más condições de vida dizimam milhares de jovens e adultos, em que crianças vegetam nas grandes cidades no meio de símbolos ostensivos de poderio económico, conforto e bem-estar.


Apesar de ter declinado de forma expressiva ao longo dos anos 1900, o analfabetismo continua a ser um problema de grandes proporções: cerca de 20% da população mundial - 875 milhões de pessoas - entraram neste nosso século (actual) sem dominar as bases da linguagem escrita. Pior: o analfabetismo feminizou-se - do total de analfabetos, 66% são mulheres - e concentrou-se geograficamente (17 dos 25 países com grandes índices de analfabetos encontram-se na África subsaariana e no Sudeste Asiático). É um poderoso indicador da desigualdade e da exclusão, sobretudo quando avaliado juntamente com a chamada “ignorância digital”, que afasta milhões de pessoas do uso do computador e de diversas oportunidades de emprego, comunicação e intercâmbio.


O século também não possibilitou a convivência sustentável e civilizada com a natureza: ainda que tenha propiciado a completa “sujeição” da natureza aos caprichos e necessidades do homem - tanto da natureza como meio físico, quanto da natureza como meio humano, como corpo e mente -, não despoletou o necessário andamento a nenhum movimento honesto de reprodução ou reposição da natureza, que se decompõe diante da volúpia produtivista e da posse predatória. Além do mais, o domínio da natureza confundiu-se com controlos totais, fantasias omnipotentes e racionalizações extremas, que seguramente abalaram o modo como a humanidade vivia a vida e a explicava a si mesma. O século enfatizou categoricamente o valor do trabalho – a sua capacidade de transformar a natureza e promover o ser humano -, mas chegou a um ponto que esse trabalho, é assim a modos que apequenado, submetido a pressões demasiadamente técnicas, organizacionais e políticas.


Ao abrir-se o século XXI, as massas de desempregados convivem com guetos especializados de profissionais bem remunerados (se confirmarem as investigações da polícia inglesa quanto aos autores dos atentados de Londres, estamos perante a confirmação daquilo que até agora eram só suspeitas, quanto à origem dos novos recrutamentos, por parte do terrorismo islâmico). Por força das várias indecisões políticas e das incapacidades na gestão dos sistemas de Segurança e Previdência Social, a jornada de trabalho, quando tudo apontava para o seu declinar, apresenta-se como a maior das irracionalidades. Por outro lado, os escritórios domésticos expandiram-se a ponto de criar a imagem (ilusão) de um trabalho sob controlo estrito do trabalhador, e nas organizações adoptou-se um discurso gerencial todo patenteado no respeito à individualidade do trabalhador, na flexibilidade e no abandono dos controlos formais. Discurso que não se repercute na realidade. De um modo geral, as pessoas trabalham mais e em condições sempre mais adversas ou incertas. O emprego desestruturou-se e despersonalizou-se na mesma intensidade em que o part-time job se converteu em padrão do modo futuro de trabalhar. Tudo contrasta a facilidade dos discursos que proclamam o início de uma era de “ócio criativo” e “direito à preguiça”.


O século XX foi um século de massas. A forte e acelerada socialização da política projectou os trabalhadores como protagonistas activos do Estado e do governo. Grandes partidos e sindicatos afirmaram-se num terreno que, até ao século XIX, era acessível apenas a poucas elites - pessoas influentes, alguns condottieri remanescentes, protegidos do Príncipe, funcionários qualificados, políticos de velha estirpe. A emergência das massas reformulou toda a esfera política: aproximou-a da democracia substantiva, do sufrágio universal, da representação alargada, do controlo social, do autogoverno. As massas aceleraram e aprofundaram o processo de ampliação do Estado, colando uma sociedade civil sempre mais plural e activa a uma sociedade política sempre mais vinculada socialmente. Onde antes imperavam os “homens de prol”, como lembrou Max Weber, passou-se a ter militantes, máquinas e rotinas partidárias, modernos políticos profissionais, empreendedores eleitorais - bosses dedicados a fabricar votos para si ou para os seus -, especialistas em agitação e propaganda, técnicos em política. A relação entre governantes e governados, elemento primário da política, alterou-se de modo consistente, afectando particularmente a natureza da liderança política. Chefes plebiscitários, líderes carismáticos, demagogos de novo tipo, Césares regressivos e progressistas, dirigentes que passam a afirmar-se pelas ondas do rádio, dos jornais tablóides, do cinema, da televisão. Por vias tumultuadas e transversas, as massas converteram-se no grande personagem da política no século XX.


Chegados, porém, ao decorrer dos primeiros anos do novo milénio, descortina-se um cenário nada grandioso ou optimista. A democracia não se fixou categoricamente nos sistemas políticos ou no imaginário social, ainda que se tenha reforçado bastante como valor e elemento estruturador das relações sociais; os políticos são olhados com desconfiança crescente, deixando-se enredar nas malhas do escândalo e da corrupção, que cresceram de modo impressionante; os governos funcionam mal, não despertam muitas lealdades e deixaram de ser a principal referência das sociedades; o Estado - que evoluíra como Welfare State e nesta condição atingira um consistente ponto de equilíbrio – desestrutura-se a olhos vistos, seja como “expressão jurídica de comunidades politicamente organizadas”, seja como aparato de organização e intervenção. As massas entraram no sistema político, mas não conseguem direccioná-lo. Em muitos casos, passaram simplesmente a virar-lhe as costas.


Por via da dsestruturação do mundo rural na viragem do XIX para o XX, o século foi também das cidades. Nele, a humanidade convergiu em massa para o mundo urbano. As cidades cresceram como nunca, assimilaram padrões de conforto, higiene e educação jamais usufruídos antes, tornaram-se o centro de todas as grandes decisões políticas e culturais. Apesar disto, não evoluíram como autênticas polis. Converteram-se em amontoados de gente e deixaram de fornecer, aos que nelas moram, as condições de usufruir as vantagens da aglomeração: a festa, a diversidade, a aprendizagem da diferença e do respeito pelo outro, a luta colectiva. Começaram este novo milénio provocando mais repulsa que atracção.


Enfim, como lembrou Eric Hobsbawm na Era dos Extremos, as pessoas chegaram ao final do século XX mais altas e pesadas, alimentando-se melhor e vivendo mais. A economia mundial mostrava-se capaz de produzir bens e serviços em variedade e abundância, a ponto de poder manter viva uma população global muito maior que em qualquer outro período da história. Vivia-se muito melhor que no passado. As pessoas eram incomparavelmente mais cultas, escolarizadas e informadas. O conhecimento científico avançara sem encontrar obstáculos e atingira fronteiras antes consideradas improváveis. A tecnologia dominava o quotidiano dos indivíduos, facilitando as suas vidas e libertando-os de encargos mais pesados. A comunicação encontrava-se enormemente ampliada, e todos podiam, em tese, falar com todos o tempo todo, explorando possibilidades, territórios e culturas até então vislumbradas apenas de longe.


Apesar disso, o princípio do novo milénio não trouxe consigo qualquer acréscimo em termos de felicidade individual ou colectiva. Vivemos envoltos em dilemas e contrastes sufocantes, expostos a evidências assombrosas de quão potente e quão impotente é a experiência humana. A força, a criatividade e o conhecimento caminham abraçados com a fragilidade extrema da espécie, com a reiteração da insegurança, do irracionalismo, do fanatismo, da alienação. Como exemplo. em algumas sociedades, por via destes contrastes, somos protagonistas de uma época em que jovens fazem festas e comunidades inteiras saem às ruas, num delírio aterrador, para comemorar, em nome da justiça divina ou do anti imperialismo, o êxito de operações terroristas que dizimam milhares de vidas inocentes. Em que das entranhas mesmas do país que se apresenta como paladino da liberdade, da justiça e da democracia, emergem assassinos que se dedicam - sem qualquer causa ou razão - a matar crianças em escolas, dinamitar prédios ou a atirar a esmo em transeuntes.


É compreensível, portanto, que uma capa depressiva recubra a vida quotidiana, misturada com o individualismo possessivo e a indiferença, o mal-estar e a incerteza. À ruptura dos laços com o passado somou-se agora um bloqueio em relação ao futuro: a vida sendo vivida como presente interminável, solto de conexões históricas e projectos. Vive-se para o que der e vier, sem muitos planos ou aspirações éticas. Num mundo de velocidade, informação e conhecimentos, parece ter ruído todo o arcabouço de idealizações, crenças e convicções com que a humanidade armara a sua autoconsciência: o fim do grande humanismo, o sofrimento do pensamento crítico, a crise do iluminismo e da sua ideia libertária de progresso, as dificuldades da democracia radical. Hoje, transcorridos os primeiros anos no novo milénio, não há muito que comemorar, mas estamos longe do caos incontrolável. O século XX fez-nos enveredar por um “futuro desconhecido e problemático, mas não necessariamente apocalíptico” (Hobsbawm). Paradoxalmente, um espesso nevoeiro (sempre o nosso nevoeiro redentor), medo e sofrimento bloqueiam o entusiasmo, mas as possibilidades de avanço materializam-se a olhos vistos. Paradoxo, precisamente.


Em jeito de algum senso comum: - o que está para vir? Tanto quanto em qualquer outra época, a história continuará a processar-se como um movimento aberto, errático, repleto de alternativas. Mas a história não é apenas um jogo de circunstâncias, decisões governamentais, crises estruturais, acasos e necessidades. Nela continuarão a operar o engenho, a generosidade e o empenho democrático dos povos da Terra, com as suas organizações, os seus líderes, as suas massas, as suas culturas. Se o mundo se tornou mais mundo e os problemas que nos afectam são problemas globais, não há saída sem diálogo, sem articulações e esforços de unificação, sem soluções globais. Se os povos da Terra souberem aproximar-se e dar vida a acções democratizadoras combinadas, a pressões inteligentes, a alianças sustentáveis, capazes de impor as suas decisões sobre todos, conseguiremos desenhar um pacto social de novo tipo - um pacto para dignificar a comunidade humana, sem distinções de qualquer espécie e com a devida promoção dos mais frágeis - e fazer com que ele prevaleça sobre a globalização económica. A convivência democrática pode ser mais forte que o Império. Se tal vier a ter lugar, o futuro voltará a ser sonhado (disse Aurélio Nogueira).


(No dia de hoje uma dedicatória ao outro colaborador do ALBARDEIRO)


O DESASSOMBRAMENTO CONTINUARÁ com a ajuda das leituras da ponte Atlântica, entre outros, de Milton Lahuerta, Marco Aurélio Nogueira, Fernando de La Cuadra, Alessia Ansaloni, Leandro Konder, Guido Liguori, Daniel Reis Filho, etc.



publicado por albardeiro às 13:11
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2 comentários:
De tgv a 26 de Julho de 2005 às 14:23
MANIFESTO CONTRA O TGV E O AEROPORTO DA OTA

Portugal vive hoje uma das piores crises económicas dos últimos 30 anos! A economia está a recuar e a taxa de desemprego oficial (7.5%) esconde ainda, muitos mais trabalhadores no desemprego!(550mil) As fábricas, deslocalizam-se impunemente para países onde a mão de obra é mais barata e os trabalhadores portugueses, defronte das opções restantes (fome ou escravidão assalariada), emigram também eles em busca de melhores condições de vida!
Mas aqui há responsabilidades atribuídas! Os sucessivos governos PS, PSD e também CDS/PP tem culpas no cartório! As erradas opções governamentativas que se tomaram ao longo dos anos, contribuíram largamente para a precarização do trabalho e a destruição do sistema produtivo nacional! Em prol e ordem das directivas europeias, cada vez produzimos menos e cada vez mais a riqueza do nosso país decai!
Contrariando todas as expectativas, nas quais declinavam a hipótese deste conselho de ministros ser menos eficiente e produtivo que o anterior. Iniciou o mandato, abriu a desgraça! O governo de Sócrates, avançou desde logo com o aumento do IVA quebrando assim uma promessa eleitoral. Não revogou o código de trabalho (medida ansiosamente esperada) e ainda retirou inúmeros direitos à função pública. Direitos estes, conquistados com muitas lutas e que serviam de referência para futuras metas do sistema privado!
Noutro tom, mas com o mesmo objectivo, Sócrates apresentou a nova "teoria da tanga", reformulada e em diversos actos. Continuando a obsessiva fixação pelo défice, apelou ao povo português, para uma vez mais "apertar o cinto e compreender a situação”: a grave crise que o país está a atravessar!
E quando todo o discurso estava assente na máxima: "É preciso reduzir a receita e aumentar a produtividade", eis que é apresentado o plano prioritário de investimentos, onde figuram estes dois projectos megalómanos:
- TGV
- Aeroporto da OTA
Não se trata de um investimento na produção, inovação ou no combate ao desemprego! São dois projectos ligados aos transportes, de milhares de milhões de euros, completamente dispensáveis em qualquer altura, ainda mais em tempo de crise!

Protesta contra esta hipocrisia!

Apela à defesa do sistema produtivo nacional!

Luta por mais direitos sociais!

SUBSCREVE ESTE MANIFESTO!

http://contratgveota.pt.vu


De raiodevida a 13 de Julho de 2005 às 23:32
Isto já estava a ser um jejum!!
Só duas ou três palavras, para dizer que a malfadada ‘lei da pauperização relativa’ de que falou Marx (esse maldito e metediço), no século XIX, segue pungente, depois do interregno que foi a chamada ‘era de ouro do capitalismo’. Nesse período, entre 1950 e 1980, a pauperização parecia ter sido superada pela aceleração do crescimento económico mundial e pela criação do Estado do bem-estar social nos países industrializados do núcleo central do sistema. Durante os últimos 25 anos, entretanto, juntamente com o retorno das idéias liberais e com a desregulação dos mercados, as desigualdades nacionais e sociais voltaram a crescer.
Reduzir a pobreza requer reformas estruturais, políticas de longo prazo e crescimento sustentável. Exige que os países mais ricos tenham a coragem de desatarem os torniquetes perversos da ordem económica e financeira internacional.
Vencer a fome pode ser o atalho para acelerar a nossa luta contra as desigualdades que nos sufocam e nos humilham como civilização.


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